Nunca pare de pensar
Não tenhas medo de ter idéias,
Nunca pare de pensar,
Mesmo que, para outros
Te pareçam insignificantes,
E os dissabores sejam incessantes!
Uma coisa te digo:
Não para vangloriar,
Conte com Deus e sê meu amigo
Na hora que precisar.
Em uma mente pura e criativa,
Muito se pode aproveitar,
Tudo que puder imaginar,
Nada se deve desperdiçar,
Pois em uma mente pura e sadia,
Nada se descarta,
Veja que a nossa mente,
É como uma semente,
A qual, quando chega o seu dia,
Cai sob a terra úmida e fria,
Emudecida ali fica.
Mas na hora em que menos se espera
Começa a se germinar,
Para dar uma nova vida,
Nova planta suscitar!!!
Assim é a vida de um poeta,
Com seus versos a rimar,
Ou a aquarela de um artista,
Sobre a tela a pintar.
Seja que rima ou quem pinta
Suas vidas vão se findar,
Mas suas obras e memórias,
Ou com derrotas ou com vitórias,
Delas irão para sempre se lembrar!
José Antonino de Lima
SOS Natureza
Natureza de meu país,
Oh! Natureza do meu Brasil!
Como és bela aos nossos olhos,
Graciosa de encantos mil!
Como tens sido maltratada
Com suas florestas derrubadas
Por motosserras infernais
Fazendo barulhos descomunais
E também pelas queimadas
Transformando toda paisagem
Que é moradia dos animais.
E eles? Para onde vão?
Se estão consumindo sua pastagem!
Hoje!? Já a maioria em extinção.
Por isso, eu ti digo:
A Natureza corre perigo,
Pedindo socorro e proteção.
E os nossos rios?
Vejam só que situação!
Antes, água pura e cristalina,
Hoje, cheios de poluição,
Causado pelo lixo insano,
E o homem causando dano,
Derrubando, das margens,
Toda espécie de vegetação,
Contribuindo para a erosão.
E os peixes? Nem se sabe
Se existem ou onde estão!
Mas ainda, belas paisagens
Ainda existe neste Brasil:
A Amazônia, por exemplo,
Se apresenta como um templo
Para animais, rios, vegetação....
E o nosso Pantanal,
De beleza sem igual,
Que é riqueza para os brasileiros.
Sem falar de nossos cerrados,
E da Chapada dos Veadeiros,
A Mata Atlântica, meu Deus!
Já quase em extinção,
Pedindo ajuda e socorro:
“Ajuda-me, senão eu morro,
Já sou quase uma ilusão!”
Estou aqui a imaginar
Do Brasil, o seu descobrimento.
Imagino o meu encantamento
Se lá estivesse a contemplar
As belezas sem iguais,
Os rios, as matas, os animais,
Que na época existiam lá,
Que o homem, na sua avareza,
Para acumular a sua riqueza,
Foi derrubando... foi matando...
De modo cruel e tirano,
Que palavras não tenho para expressar!
José Antonino de Lima
Ser Professor
Professor!
Sua missão é sublime!
Valorize o dom que Deus te deu,
Pois a missão de educar
Não é transmitir o que aprendeu.
Ser professor...
É trabalhar com vidas,
É aprender a cada dia
Que o saber não tem fim.
Ser professor...
Não é apenas ensinar,
É semear boas sementes
Que elas vão se germinar.
Não se pertube,
Pois os frutos você colherá.
Ser professor...
É transformar mentes,
É moldar caráter.
Por isso te digo,
Se queres ter um amigo,
Aceite um conselho:
Busque... pesquise... leia...
Para o seu aperfeiçoamento.
Ser professor...
É não estar estagnado,
Limitado entre quatro paredes.
É não estar acomodado,
Pensando que está tudo bem.
Ser professor...
É buscar novas divisas.
Invista em você mesmo,
E vá ao encontro do horizonte;
Vá em busca do além,
Pois o saber não tem limites.
Cada dia se aprende mais,
E quem busca a sabedoria,
Busca a maior riqueza.
Digo ainda também,
Vou muito mais além,
Como disse o sábio Salomão
No seu livro de Provérbios:
Que “O temor do Senhor
É o princípio da sabedoria,
E o conhecimento de Deus
É a sua maior prudência”.
Busque a Deus com persistência,
Que é fonte de toda alegria!
Professor!
Não te importes
Que as lutas apareçam,
E que dissabores o esmoreçam.
Espinhos sempre aparecem,
Mas logo eles se fenecem,
E as flores se desabrocham,
Para nossa vida alegrar.
Lembre-se, professor!
Que vitória sem luta não há.
E lembre-se também,
Que todo o entardecer
É esperança de um novo dia,
Que torna belo o amanhecer.
E que Deus, a cada momento,
Possa te fortalecer,
Dando-te novo alento,
Para tua jornada continuar,
E todas as lutas vencer.
José Antonino de Lima
Clamor de um brasileiro
Meu Brasil, terra querida!
Pátria de encantos mil!
Quanta beleza...
Quanta riqueza sem medida
No solo do meu Brasil!
Mas, oh, meu Deus!
Que grande contradição!
País de grande riqueza,
E o povo sofrendo na pobreza,
Clamando por trabalho e pão!
Como pode, Senhor meu Deus,
Esta triste situação!
Poucos vivendo em regalia,
Sem nenhuma contestação.
E o que dizer da maioria,
Sofrendo noite e dia,
Sem nenhuma consolação!
Pelo erro, Senhor, peço perdão,
Por ter falado com ousadia.
O pobre, sem dinheiro, sem trabalho,
É por isso que não me calo.
Se lutarmos noite e dia,
Podemos mudar a situação!
José Antonino de Lima
Machucaram o meu Brasil
Brasil verde e amarelo
Brasil de azul anil!
Onde está o teu verde, Brasil?
Onde está o teu amarelo, Brasil?
Terra de verdes matas,
Terra de encantos mil,
Cobiçada por um povo hostil
Pelo solo do meu Brasil.
Que fizeram com o teu azul?
Que fizeram com o céu de anil?
Machucaram o teu branco
Mancharam a tua paz!
Meu Deus! Machucaram o meu Brasil!
José Antonino de Lima
Crede na vida
Crede na vida,
Crede com todo amor.
Crede que ela é fruto
Do Autor do universo
De tudo o que está submerso
E de tudo que está ao teu redor.
E que tudo o que é vida
É fôlego, é sopro do Criador.
Vida sabiamente vivida
Jamais será esquecida.
Na vida tudo passa,
Inclusive a própria vida,
Mas jamais passarão
As palavras do Senhor.
Crede que tudo na vida
Mesmo o que o coração não sente
Tudo está tão patente
Rente aos olhos do Criador!
Por isso eu te digo:
Se tua vida corre perigo,
Vá aos pés de teu Senhor!
Não esmoreça!
Erga a tua cabeça,
Pois aquele que te criou
Usou-te de misericórdia,
E que nenhuma discórdia
Tem parte no Reino do Criador.
José Antonino de Lima
O Amor
Que todo ser humano
Seja amado por alguém!
É duro não poder amar,
Mas o amor, mal amado
Jamais será consumado.
Quem ama, se enobrece,
E o amor, cada dia mais cresce!
Que seria de todos nós,
Se não existisse o amor!
Pois na vida tudo passa,
Mas jamais terá o fim
As palavras do Senhor!
O amor é eterno,
E a criatura é passageira.
Ame, pois, abandone o ódio,
O qual reina desde os primórdios,
Desde os tempos de Caim,
Que matou com ódio cruel
O seu irmão Abel.
E o ódio, que entrou no mundo,
Um dia terá seu fim!
O amor é sem segredo,
Quando ele é verdadeiro.
Amor! Oh! Que palavra sublime!
Ame, pois sem ter medo.
Quem ama com fingimento,
Fere, do outro, o sentimento,
Demonstrando não ser perfeito!
Quem tem falta de amor,
Oh! Que triste situação!
Eu fico a imaginar,
Como está o seu coração!
O amor aceita tudo,
Mas não combina com desunião.
E você? Parou para pensar?
Para o ódio não há lugar,
A quem vive com Deus,
Em comunhão!
José Antonino de Lima
Paixão de Cristo
Sem beleza e sem parecer...
Sem aparência e sem formosura,
Como a mais cruel criatura,
Entre os homens rejeitado,
Um homem com dores a padecer?
Levou sobre si nossas enfermidades,
Nossas dores sobre si os levou.
Pelas nossas transgressões, traspassado,
Ele foi oprimido e humilhado.
De todos fez cair as iniqüidades.
Todavia, moê-lo, ao Senhor agradou.
Como caco, sua força se tornou,
E o puseram ao pó da morte.
Todos os que vêem, o contemplam.
Mas ali, as Escrituras se complementam,
Dizendo: “Minha língua se secou,
E sobre minhas túnicas lançaram sorte”.
Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?
Bradou naquele momento cruciante.
Meneando a cabeça, os judeus,
Dizendo: “Salva-te, se és o Filho de Deus.
Confiaram nossos pais e os livraste”.
Mas entregou o espírito ao Pai, triunfante!
Com brado disse: “Está consumado!”
Porque acabava de cumprir-se a Escritura,
E inclinando a cabeça entregou o espírito.
Hoje, intercede a ti, ó cansado e sobrecarregado,
Que te farei hoje, uma nova criatura!”
Cristo é Servo de Deus, exaltado.
Ele, Jesus, o Pai da Eternidade,
Foi contado com os transgressores,
Mas intercedia pelos opressores.
Não tinha aspecto, e mui desfigurado,
Mas proclamado será sua posteridade.
Cristo foi ferido e transpassado
Para garantir a nossa redenção.
“Me compadeço de ti”, diz o Senhor,
“Com misericórdia e com amor”.
Hoje, à destra de Deus, glorificado,
Cristo garante a nossa salvação!!!
(Baseado em Isaías 53 e Salmo 22)
José Antonino de Lima
Moisés
Moisés, na terra prometida,
Na terra querida,
Terra que tanto sonhou...
Não entrou!
Sabe por quê?
O povo se rebelou!
Será que Deus foi injusto?
Claro que não!
Deus para si o tomou.
Depois que na terra fria tombou,
Para a eterna mansão “viajou”!
Moisés, homem de fé,
Um gigante libertador
Da nação eleita de Deus
Descansa nos braços do Senhor.
José Antonino de Lima
Nossa Escola
Estas linhas que hoje escrevo,
Sem métrica, sem ritmo,
Com muito amor me atrevo,
Orgulhosamente me expressar
Ligeiramente em poucas palavras
Aquilo que sinto: Minha escola é meu lar.
Esta escola a que me refiro,
Sempre foi exemplar.
Todos os funcionários e professores
Amor, carinho, nada têm a desejar
Dedicação, trabalho, nem se fale;
União, graças a Deus,
Aumenta mais a cada dia.
Lutemos sempre para melhorar.
Muita coisa temos a dizer:
Isto é o que quero salientar,
Nunca devemos desanimar.
Interesse não nos falta;
Sabemos que para vencer,
Trabalhemos com afinco,
Responsabilidade é de cada um:
Organizemos o que vamos ministrar.
Saiba porém de uma coisa,
Alguém que almeja vencer,
Nunca deve se esmorecer,
Trabalhe com dedicação,
Ignore todas as dificuldades,
Amarguras, lutas que surgirão.
Goze a vida pelo que você é;
Orgulhe-se de sua profissão.
Dedique-se mais pela sua escola,
Ame-a como o seu próprio lar.
Não a despreze jamais,
Tenha sempre em tua mente
A sublime missão que abraçais.
Saiba pois, que a recompensa virá.
José Antonino de Lima
Parece que foi ontem!
Hoje faz exatamente dezesseis anos. A colação de grau no curso de licenciatura plena parcelada em geografia pela Universidade Estadual de Goiás foi feita em Anápolis, no dia 18 de dezembro de 2001, e três dias depois na cidade de Porangatu, cidade onde estudamos durante três anos.
Podemos recordar as angústias que passamos durante todo esse tempo. Encontros em quase todos os finais de semana. Levantar às 4 horas da madrugada nos sábados, embarcar no ônibus ás 5 horas, percorrer as rodovias com destino à cidade de Porangatu (podemos lembrar de cada detalhe, cada árvore, cada residência, cada fazenda, cada buraco à beira das rodovias durante as viagens!), chegar as 7h30 minutos na universidade, assistir as aulas com bastante sono, pois tínhamos pouco tempo para dormir. Afinal de contas, no dia anterior trabalhávamos na escola, desde as 7 horas até 23 horas. Sem contar algumas vezes pequenos distúrbios de saúde, afinal de contas somo seres humanos.
Férias do trabalho quase não tínhamos durante todo esses três anos, pois o tempo era preenchido com as aulas na universidade. Trabalhos para ser entregues em tempo hábil. Incertezas? Algumas vezes. Ah, imagine, longe da família, longe de casa! Não podemos jamais nos esquecer da ajuda de amigos e colegas... Parece que foi ontem! Mas valeu a pena todos os nossos esforços e aqui estamos para testificar desta grande vitória, pois não há vitória se não lutarmos. Quando colocamos Deus em primeiro lugar, fazendo a nossa parte e acreditando, a vitória virá com certeza! E, realmente, a vitória veio! Obrigado, Senhor Deus, por tudo! (Minaçu, 18 de dezembro de 2017)
Tudo bem, vou te deixar.
Você mora tão distante,
Como poderia contigo casar!
Uma mulher tão nobre,
E eu, um homem tão pobre,
Como poderia pelo menos te contemplar?